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Em 1954, o Muro de Berlim já existia simbolicamente

Ku'ddam, a rua de compras de Berlim, também conhecida como Champs Elysées da capital alemã (Fonte: KSOF.de)
Ku’ddam, a rua de compras de Berlim, também conhecida como Champs Elysées da capital alemã. Ao fundo, a famosa Igreja da Memória, cuja fachada até os dias de hoje se mantém como nesta foto (Fonte: KSOF.de)

Em 1954, o mundo já vivia a tensão da Guerra Fria, mas nem imaginava que um dia o Muro de Berlim seria o seu maior símbolo. O horror da Segunda Guerra Mundial, guerra de fato, transformava-se em apreensão diante de uma virtual guerra nuclear. Estados Unidos e União Soviética dividiam as atenções da humanidade e também dividiam territórios nos quais, cada país à sua maneira, exerciam sua influência. As visões de mundo dos blocos capitalista e socialista manifestavam-se não apenas em imagens de propaganda, mas também em elementos da paisagem urbana. E não havia melhor cidade que Berlim onde as diferenças entre estes dois “mundos” eram mais patentes e mais imediatas de se perceber.

O vídeo a seguir é um belo documento em forma de imagens. Mostra uma Berlim destruída pela guerra, mas já em reconstrução. Mostra também uma Berlim dividida em quatro zonas de ocupação (americana, soviética, francesa e inglesa) e as diferenças que tal divisão produz, sobretudo na arquitetura. Trata-se, ainda, de uma Berlim ocupada, mas não delimitada por um muro. Porém, um “muro simbólico” já está aí presente. Compare a primeira parte do vídeo, quase toda mostrando a capital da recém proclamada Alemanha Oriental – Berlim Oriental -, e a segunda parte, cujas imagens são de uma Berlim capitalista, uma ilha de consumo em meio a um mundo em que o socialismo determinava as formas de se viver. Não deixe, claro, reparar em prédios famosos, tais como o Reichstag, o Portão de Brandemburgo ou mesmo a Avenida Karl Marx, cujo nome em 1954 é Avenida Stalin.

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